Capitão Américo Ferreira de Melo |
Em 1882 Brejão era uma pequena vila, Américo Ferreira de Melo era um homem jovem e já morava por estas terras. Em 1900 ele passou a ser delegado nomeado pelo Dr. Luís Afonso de Oliveira Jardim. Certo dia o capitão sonhou que próximo a um pé de pitomba que havia por trás da Vila, estava enterrada uma cruz. No outro dia encucado ele chamou sua gente e foi ao local, encontraram a terra rachada e acharam estranho, então curiosos começaram a cavar e encontraram a cruz.
Capitão Américo foi chamar o Padre em Garanhuns e retiraram a cruz e a colocaram na igreja, o padre a benzeu e denominou a Vila de Brejão de Santa Cruz. Todos os domingos ele vinha celebrar a missa.
Em 1906, no domingo quando terminou a missa, o padre foi almoçar na casa do capitão, ele havia deixado o cavalo amarrado por trás da igreja. Idalino, filho do Capitão foi dá uma olhada no cavalo e para a sua surpresa, o animal havia sumido. Idalino retornou espantando e disse: roubaram o cavalo. Américo ficou aperreado e chamou o Tenente Venâncio que era um grande rastreador e disse vá em busca do ladrão e o tenente disse, só não garanto chegar apressado, então disse Américo: - Venha quando puder, mas traga o ladrão.
O Tenente Venâncio viajou por dois dias e chegou com o ladrão. O Capitão perguntou ao ladrão porque você fez isto? Mim faltou com respeito! Mas muito generoso perguntou se o ladrão estava com fome e mandou preparar uma janta reforçada, o pobre coitado foi comer e morreu engasgado com um osso. E foi este o começo da perseguição aos ladrões, pois era um justiceiro, e não suportava ladrões, mas a sua maneira de resolver as coisas não agradava a alguns fazendeiros e foi muito perseguido.
Os métodos que ele usava como justiceiro amedrontaram até Lampião, que mandou avisar que o povo de Brejão arranjasse 20 contos de réis que ele estava vindo e o Capitão Américo disse que ele podia vir que o estava esperando. Sabendo o cangaceiro da fama de Brejão e dos muitos capangas do capitão passou para Bom Conselho, não quis encarar o capitão Américo.
Em 1887 recebeu a patente de Capitão da guarda Nacional. Foi o fundador da cidade de Brejão. Faleceu em 12 de fevereiro de 1943 com 99 anos.
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